O QUE É A SÍNDROME DO PÂNICO? ENTENDA OS SINTOMAS E TRATAMENTOS

A síndrome do pânico tem esse nome devido aos ataques repentinos e intensos de medo ou pânico que caracterizam o transtorno. Esses ataques podem ser tão intensos que podem levar as pessoas a sentir como se estivessem tendo um “ataque de pânico”.

A o termo “pânico” tem origem na mitologia grega. Na mitologia grega, Pan era o deus da natureza selvagem e da pastagem, conhecido por seu aspecto de meio homem e meio cabra. Ele era conhecido por sua habilidade de infundir medo ou pânico nas pessoas. A palavra “pânico” deriva do nome de Pan, devido a sua associação com o medo e o terror. A palavra “pânico” foi usada originalmente para descrever o medo ou o terror que era infundido por Pan, mas eventualmente foi aplicada para descrever o medo intenso e súbito que as pessoas podem experimentar em situações de emergência ou ameaça.

O termo “síndrome do pânico” foi introduzido pela primeira vez na literatura médica na década de 1970, por um grupo de pesquisadores liderados pelo psiquiatra americano Aaron Beck. Eles descreveram o transtorno como uma síndrome, ou conjunto de sintomas, devido ao conjunto de sintomas físicos e psicológicos que as pessoas experimentam durante um ataque de pânico.

MEDO. SENSAÇÃO E SENTIMENTO FREQUENTEMENTE RELACIONADO A CRISE DE PÂNICO
O medo é considerado tanto uma sensação quanto um sentimento, dependendo do contexto. Sensações são reações físicas a estímulos externos, enquanto sentimentos são emoções subjetivas que podem ser influenciadas por sensações e pensamentos. No caso do medo, ele pode ser desencadeado por sensações físicas, como um barulho alto ou uma situação de perigo iminente, e também pode ser acompanhado por sintomas físicos, como aumento da frequência cardíaca e sudorese.

No entanto, o medo também é um sentimento que é influenciado por pensamentos e experiências pessoais. Por exemplo, uma pessoa pode sentir medo de algo que não é realmente perigoso, como falar em público, devido a pensamentos ansiosos ou experiências passadas traumáticas.

O sentimento de medo é uma resposta emocional natural e instintiva que ocorre quando percebemos uma ameaça, perigo ou situação potencialmente prejudicial. O medo é uma reação do nosso sistema nervoso que nos prepara para lidar com situações estressantes e perigosas.

O medo é frequentemente acompanhado de sintomas físicos, como aumento da frequência cardíaca, sudorese, tremores e tensão muscular. Esses sintomas são uma resposta do nosso sistema nervoso simpático, que é ativado quando nos sentimos ameaçados.

Embora o medo possa ser desagradável e até mesmo debilitante em certas situações, ele desempenha um papel importante em nossa sobrevivência. O medo pode nos alertar para possíveis perigos, nos ajudar a evitar situações potencialmente prejudiciais e nos motivar a tomar medidas para nos proteger.

No entanto, quando o medo se torna excessivo ou irracional, pode levar a transtornos de ansiedade, como fobias, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno do pânico.

ENTENDENDO OS ATAQUES DE PÂNICO
A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado por ataques repentinos e recorrentes de medo intenso ou pânico. Esses ataques podem incluir sintomas físicos como sudorese, tremor, palpitações, dificuldade para respirar, sensação de sufocamento, dor ou desconforto no peito, náusea ou tontura. Também podem incluir sintomas psicológicos como medo de perder o controle, de morrer, de ficar louco, ou de ter um ataque cardíaco ou outra doença grave.

Os ataques de pânico podem ocorrer sem aviso prévio e podem durar de alguns minutos a várias horas. Eles podem ser muito intensos e podem levar as pessoas a evitar situações que possam desencadear um ataque, como dirigir, viajar de avião, estar em espaços fechados ou multidões. Isso pode limitar significativamente a capacidade das pessoas de realizar atividades cotidianas e pode levar à depressão e à ansiedade generalizada.

Os principais sintomas de um ataque de pânico incluem:

1. Medo intenso ou terror: as pessoas podem sentir como se estivessem prestes a morrer ou ficar loucas.

2. Sintomas físicos: sudorese, tremor, palpitações, dificuldade para respirar, sensação de sufocamento, dor ou desconforto no peito, náusea ou tontura.

3. Sintomas mentais: medo de perder o controle, de morrer, de ficar louco, ou de ter um ataque cardíaco ou outra doença grave.

4. Sintomas comportamentais: sentimentos de desespero, fuga ou fuga, ou sentimentos de impotência.

5. Sintomas psicológicos: sentimentos de ansiedade, medo, preocupação, e evitação de situações que possam desencadear um ataque de pânico.

É importante lembrar que esses sintomas são intensos e recorrentes, e podem afetar significativamente a qualidade de vida das pessoas que sofrem de síndrome do pânico. É importante procurar ajuda médica se você estiver experimentando esses sintomas com frequência.

O TRATAMENTO DA SÍNDROME DO PÂNICO. O PAPEL DA PSICOTERAPIA PSICANALÍITCA
A causa exata da síndrome do pânico ainda não é completamente compreendida, mas é entendido que é resultado de uma combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais. Algumas pessoas podem ter uma predisposição genética para o transtorno, enquanto outros podem desenvolvê-lo como resultado de eventos estressantes ou traumáticos.

Tratamento para síndrome do pânico geralmente inclui terapia e medicamentos. Os medicamentos, como os ansiolíticos e os antidepressivos, podem ajudar a controlar os sintomas físicos e emocionais da síndrome do pânico. A combinação de terapia e medicamentos é geralmente considerada a abordagem mais eficaz para tratar o transtorno.

É importante lembrar que, embora a síndrome do pânico possa ser debilitante, ela é tratável. As pessoas que sofrem de síndrome do pânico podem aprender a controlar seus sintomas e recuperar sua qualidade de vida, com o tratamento adequado.

A psicoterapia psicanalítica é uma forma de tratamento que se baseia na teoria psicanalítica de Sigmund Freud e que busca ajudar as pessoas a compreender e resolver problemas emocionais inconscientes. Pode ser usada para tratar a síndrome do pânico, pois pode ajudar as pessoas a identificar e compreender as causas subjacentes dos seus ataques de pânico.

A psicoterapia psicanalítica é geralmente uma terapia a longo prazo e pode incluir uma variedade de técnicas, como a análise dos sonhos, a interpretação dos desejos inconscientes e a exploração de experiências passadas que possam estar relacionadas aos sintomas de pânico.

A psicoterapia psicanalítica também pode ajudar a pessoa a desenvolver uma maior auto-consciência e autocompreensão, e a aprender a lidar com suas emoções e pensamentos de forma mais eficaz. Isso pode ajudar a prevenir futuros ataques de pânico e melhorar a qualidade de vida geral.

Compreender os fatores inconscientes que servem de estímulo para as crises de pânico pode ajudar a reduzir significativamente os ataques.

COMO AJUDAR UMA PESSOA EM CRISE DE PÂNICO?
Quando alguém está tendo um ataque de pânico, é importante lembrar que essa é uma experiência muito angustiante e assustadora para a pessoa, porém passageira. Os ataques de pânico tem começo meio e fim. Como ajudante, é importante manter a calma e agir de maneira tranquilizadora e solidária. Aqui estão algumas maneiras de ajudar alguém que está tendo um ataque de pânico:

Seja empático: Mostre que você entende que a pessoa está passando por uma situação difícil e que você está lá para ajudá-la.

Ajude a pessoa a se concentrar na respiração: Os ataques de pânico podem causar respiração ofegante e rápida. Incentive a pessoa a respirar fundo e lentamente, inspirando pelo nariz e expirando pela boca.

Fique com a pessoa: Ficar presente e fazer contato visual pode ser reconfortante e ajudar a pessoa a se sentir mais segura.

Encoraje a pessoa a focar em coisas positivas: Ajude a pessoa a se concentrar em coisas positivas ou distrativas, como lembrar de um lugar agradável ou contar coisas sobre um assunto agradável.

Ofereça ajuda profissional: Se a pessoa tiver ataques de pânico frequentes ou graves, encoraje-a a procurar ajuda profissional. Um profissional de saúde mental pode ajudar a pessoa a aprender maneiras de lidar com o ataque de pânico e a reduzir a frequência e intensidade deles.

É importante lembrar que cada pessoa é diferente e pode precisar de abordagens diferentes para ajudá-la durante um ataque de pânico. Ajudar uma pessoa que está passando por um ataque de pânico pode ser um processo longo e delicado, mas estar presente e solidário pode fazer uma grande diferença na recuperação da pessoa.

Autor: Dr. Fabio Correa – CRP 06/71103

Sobre o autor
Dr. Fabio Correa é psicólogo Especialista em Psicoterapia Psicanalítica na cidade de São Caetano do Sul. Possui sólida formação teórica e técnica. Sua atuação está pautada em valores como ética, respeito e dedicação aos pacientes que atende.

Maiores informações ou agendamentos através do fone/whatsapp (11) 99850-6328

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